Sergio é um ex-piloto da Varig que já viajou o mundo todo. Além disso é também um grande velejador. Isto sim é que é aventureiro. Morou num pequeno veleiro na Marina da Glória.
Já foi ao Finis Terrae, ou seja, o Fim da Terra para valer. Pegou seu fusquinha e foi nele até onde acaba a América do Sul, lá no finzinho da Patagônia, em Ushuaia.
Depois foi morar em Mauá, onde nos conhecemos. Como bom aventureiro, interessou-se pelas pesquisas que eu tinha feito sobre Mauá e sua história, e foi daí que começou a nossa relação. Em Mauá ele acabou comprando uma casa perto da nossa e nos visitamos algumas vezes. Um dia, ainda morando em Mauá, ele decidiu fazer um safari de motocicleta pelo Brasil numa Honda 125.
Preparou em detalhe e com extremo cuidado sua viagem - o know-how de piloto lhe deu tudo que é necessário para planejar uma viagem segura - e num certo dia partiu todo equipado (parecia até que ia para o Raly Paris-Dakar - o que de certa maneira tinha semelhanças com sua aventura, guardadas as devidas proporções) para uma viagem de circunavegação pelo país.
Viajandão! Durante o trajeto ia dando notícias por e-mail aos amigos e postando num site dedicado a aventuras e aventureiros fotos dos lugares interessantes por onde passava. Acabou sua viagem de volta em Mauá. No final daquele 2003 eu estava sozinho pois a Anna tinha ido visitar a Priscilla na Itália e passar o Natal e o Ano Novo lá em Bérgamo. Fiquei 40 dias longe dela, internado em nossa casa de Mauá. Entre o Natal e o Ano Novo fui visitar o Sergio para lhe desejar boas festas e convidá-lo para almoçar comigo, em minha casa. Ele disse que estava hospedando um casal de amigos (ele um jovem italiano que estava velejando pelo mundo e ela uma jovem morena brasileira muito bonita sua namorada que conheceu em Parati, aonde seu barco estava sofrendo reparos). Naquele instante surge o casal saindo do quarto e o Sergio nos apresentou. Como eu estava no meio do convite ao Sergio, não tive outra alternativa senão estender o convite também aos seus amigos. Todos disseram que iam mas que iam antes tomar um banho de cachoeira. Fui para casa ver o que poderia oferecer e me deparei com três bifes que tinha na geladeira. Pensei em fazer um bom arroz, mas aí pensei: arroz e três bifes para quatro pessoas? Não ia funcionar. Peguei os bifes e cortei-os em pedaçoes minúsculos como se tivessem sido passados numa máquina de moer carne e fiz uma espécie de molho meio à bolonhesa, com muito shoyu. Nisso chegam meus convidados e qual não foi a minha surpresa ao ver o Sergio trazendo uma garrafa de um bom vinho e um pacotão de miojo. Foi a calhar. Como o amigo era italiano, não tive dúvida: mostrei a ele a panela que já estava cheia de água que começava a ferver, mostrei o macarrão, o molho e o queijo parmezão e disse-lhe que na presença dele e não me atreveria a fazer o almoço, e que ele podia ficar à vontade. Fui botar a mesa no deck, abri o vinho, servi a nós quatro enquanto o macarrão estava sendo preparado. Foi um grande almoço de festas. Depois ficamos bebendo o vinho e jogando conversa fora. Em maio de 2004 Sergio vendeu sua bela casa e com o dinheiro comprou um grande veleiro onde passou a morar numa marina perto de Angra. Mas o aventureiro tinha que continuar sua aventura e partiu para fazer a pé o Caminho de Santiago. Na volta, meio que perdemos o contato, e acabei encontrando-o na Internet onde fiquei sabendo que ele já tinha voltado e se preparava para uma nova aventura. Estava nos Estados Unidos, onde moram suas filhas (conheci uma delas, por sinal muito bonita) e seus ou suas netas, não sei bem. Ficou morando em San Diego e percorrendo o país como caminhoneiro. Novamente o virus da aventura o pegou e ele decidiu voltar para o Brasil (aventura essa que ainda está em curso e pode ser acompanhada no balaio) desta vez pilotando uma moto Kawasaki 600.
Sergio sempre que pode se comunica comigo pelo Skype. Estamos esperando sua chegada para breve com saudades e com aquele bom cafezinho. Venha com cuidado, meu amigo.
Já foi ao Finis Terrae, ou seja, o Fim da Terra para valer. Pegou seu fusquinha e foi nele até onde acaba a América do Sul, lá no finzinho da Patagônia, em Ushuaia.
Depois foi morar em Mauá, onde nos conhecemos. Como bom aventureiro, interessou-se pelas pesquisas que eu tinha feito sobre Mauá e sua história, e foi daí que começou a nossa relação. Em Mauá ele acabou comprando uma casa perto da nossa e nos visitamos algumas vezes. Um dia, ainda morando em Mauá, ele decidiu fazer um safari de motocicleta pelo Brasil numa Honda 125.
Preparou em detalhe e com extremo cuidado sua viagem - o know-how de piloto lhe deu tudo que é necessário para planejar uma viagem segura - e num certo dia partiu todo equipado (parecia até que ia para o Raly Paris-Dakar - o que de certa maneira tinha semelhanças com sua aventura, guardadas as devidas proporções) para uma viagem de circunavegação pelo país.
Viajandão! Durante o trajeto ia dando notícias por e-mail aos amigos e postando num site dedicado a aventuras e aventureiros fotos dos lugares interessantes por onde passava. Acabou sua viagem de volta em Mauá. No final daquele 2003 eu estava sozinho pois a Anna tinha ido visitar a Priscilla na Itália e passar o Natal e o Ano Novo lá em Bérgamo. Fiquei 40 dias longe dela, internado em nossa casa de Mauá. Entre o Natal e o Ano Novo fui visitar o Sergio para lhe desejar boas festas e convidá-lo para almoçar comigo, em minha casa. Ele disse que estava hospedando um casal de amigos (ele um jovem italiano que estava velejando pelo mundo e ela uma jovem morena brasileira muito bonita sua namorada que conheceu em Parati, aonde seu barco estava sofrendo reparos). Naquele instante surge o casal saindo do quarto e o Sergio nos apresentou. Como eu estava no meio do convite ao Sergio, não tive outra alternativa senão estender o convite também aos seus amigos. Todos disseram que iam mas que iam antes tomar um banho de cachoeira. Fui para casa ver o que poderia oferecer e me deparei com três bifes que tinha na geladeira. Pensei em fazer um bom arroz, mas aí pensei: arroz e três bifes para quatro pessoas? Não ia funcionar. Peguei os bifes e cortei-os em pedaçoes minúsculos como se tivessem sido passados numa máquina de moer carne e fiz uma espécie de molho meio à bolonhesa, com muito shoyu. Nisso chegam meus convidados e qual não foi a minha surpresa ao ver o Sergio trazendo uma garrafa de um bom vinho e um pacotão de miojo. Foi a calhar. Como o amigo era italiano, não tive dúvida: mostrei a ele a panela que já estava cheia de água que começava a ferver, mostrei o macarrão, o molho e o queijo parmezão e disse-lhe que na presença dele e não me atreveria a fazer o almoço, e que ele podia ficar à vontade. Fui botar a mesa no deck, abri o vinho, servi a nós quatro enquanto o macarrão estava sendo preparado. Foi um grande almoço de festas. Depois ficamos bebendo o vinho e jogando conversa fora. Em maio de 2004 Sergio vendeu sua bela casa e com o dinheiro comprou um grande veleiro onde passou a morar numa marina perto de Angra. Mas o aventureiro tinha que continuar sua aventura e partiu para fazer a pé o Caminho de Santiago. Na volta, meio que perdemos o contato, e acabei encontrando-o na Internet onde fiquei sabendo que ele já tinha voltado e se preparava para uma nova aventura. Estava nos Estados Unidos, onde moram suas filhas (conheci uma delas, por sinal muito bonita) e seus ou suas netas, não sei bem. Ficou morando em San Diego e percorrendo o país como caminhoneiro. Novamente o virus da aventura o pegou e ele decidiu voltar para o Brasil (aventura essa que ainda está em curso e pode ser acompanhada no balaio) desta vez pilotando uma moto Kawasaki 600.
Sergio sempre que pode se comunica comigo pelo Skype. Estamos esperando sua chegada para breve com saudades e com aquele bom cafezinho. Venha com cuidado, meu amigo.
4 comentários:
Meu amor; só pra te dizer que enquanto vc dorme eu leio suas memórias deliciosas e me encanto cada vez mais pelo carinho que vc tm pelas pessoas que ama, pelos seu amigos, pela sua familia.
Nanina
Oi, Caloga, estou comentando aqui, porque achei linda essa mensagem amorosa. Mas li todos os textos seguintes. Gostei de ver que se interessa pela História de Mauá. Estou pesquisando para um livro sobre os 100 Anos do Núcleo Colonial de Itatiaia, mas acho que podemos trocar idéias sobre os imigrantes da região, que me interessam de um modo geral. Grande abraço, parabéns pelo blog.
Célia Borges
Estou devendo umas fotos para o Sérgio,da nossa época de quartel na quarta zona aérea meados de 1970. Já separei as fotos que ele me pediu mas perdi o contato na época. Generval Aparecido Pecoral aguardo um endereço fisico para enviar
Generval Aparecido Pecoral /Curitiba 41 999755413 , guardei muitas marmeladas para o Sérgio que pegava na hora do rancho as 21:00hrs. O Sérgio estudava e chegava mais tarde para dormir algumas vezes no Batalhão da PA- POLÍCIA DA AERONÁUTICA KKKKKK
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