quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Tempo de resgate. Haja coração!

Depois do encontro emocionante com a Rutinha, vinte anos depois, em Angra dos Reis, chegamos em casa e liguei o computador e para minha surpresa tinha um e-mail do Coby Regehr, um dos filhos de meu querido amigo e professor Carl Regehr. Nele, ele dizia que tinha me encontrado na Internet procurando o nome do pai e achando o que eu tinha escrito no meu blog sobre aquele meu velho professor. Em seu e-mail ele agradecia as palavras gentis com as quais me referi a seu pai (com quem tinha perdido totalmente o contato) e me informava que ele tinha falecido de câncer em 1983 depois de se mudar de Chicago para Champaign-Urbana aonde ainda trabalhou como professor mesmo doente. De certo modo eu já desconfiava que isso tinha acontecido. Respondi seu e-mail mas me intrigou como é que ele havia entendido o que eu havia escrito, e perguntei como é que tinha sido. Ele respondeu que o blog estava traduzido na Internet. Em seguida recebo outro e-mail emocionado de sua irmã Jana que eu conheci mocinha, com uns 20 anos na casa do casal Regehr, em Chicago. Num próximo e-mail me mandou sua foto.

Jana em Paris, com o mesmo ar de seu pai, meu querido amigo Carl

Seu irmão Coby num e-mail seguinte me mandou alguns desenhos do velho Carl, e aqui coloco um deles.


Haja coração! Resolvi então ler o meu blog na Internet traduzido para o inglês e vi que a tradução tinha sido feita por um software de tradução automática e que continha verdadeiras barbaridades de sintaxe e outras, que tornavam muitas vezes o contexto incompreensível e me surpreendi como o Coby tinha conseguido apreender o que eu tinha escrito sobre seu pai. Achei então que seria melhor eu traduzir o texto com meus botões de carne e osso. Foi o que fiz e acabei agora de mandar tanto para ele quanto para sua irmã. Embora eu venha trabalhando como tradutor, minha língua nativa é, naturalmente o português brasileiro, e o que eu fiz, na verdade, foi uma versão do meu texto em português para o inglês. Por pior que tenha ficado, tenho certeza que resultou mil vezes melhor do que aquele traduzido automaticamente por um software. Espero portanto que os filhos de meu querido amigo onde quer que ele esteja possam entender realmente o quanto eu amava seu pai.

20 anos depois, uma amizade de 60 anos

Eu tinha 7 anos e Balu, meu irmão mais novo 5. Ele havia acabado de ser operado de um triste acidente, brincadeira de crianças, que lhe tirou a vista do olho esquerdo. Nós dois éramos muito amigos do casal de filhos do Dr. Sebastião Cheferrino e Dona Lourdes. Brincávamos na casa deles quase que diariamente. O menino chamava-se Eduardo e era louco por carros. A menina chamava-se Ruth e era essa bonequinha aos quatro anos de idade que está sentada na cadeira e que nem consegue encostar os pés no chão. Pois bem, a vida levou cada um de nós quatro para um lugar. Balu ficou em Niterói, Eduardo faleceu prematuramente e eu consegui encontrar a Rutinha através dessa maravilhosa Internet.


Mandei um e-mail para ela que me respondeu em seguida e me deu seu telefone para o qual liguei imediatamente. Ela está morando em Angra dos Reis numa casa simpaticíssima com uma bela vista para uma das enseadas de Angra. Anna e eu fomos visitá-la nesta última segunda-feira. Ela continua a mesma Rutinha que fazia 20 anos que eu não via. Aqueles mesmos olhinhos brilhantes e vivazes. Foi uma grande emoção! Chegamos na casa dela às 4 horas da tarde e fomos até às 2 da manhã relembrando 60 anos de um relacionamento que começou quando eu tinha 7 anos e ela 4 e éramos essas crianças da foto. (Eu sou o mais a esquerda, meu irmão ao meu lado, Rutinha na frente e Eduardo sentado no braço da cadeira). Mais tarde chegou Sérgio, seu marido e ficamos bebericando um vinho que tínhamos levado e vendo velhas fotografias e ouvindo as histórias que tínhamos para contar. Quem estava aonde, fazendo o que, casado com quem, com quantos filhos, com quantos netos, quem tinha morrido, etc, etc. A certa altura fomos para dentro do quarto aonde fica o piano e pude novamente, após duas décadas, ouvi-la tocar divinamente aquele instrumento que ela domina. Meio timidamente peguei uma das gaitas que tinha levado e começamos a fazer uma brincadeira com músicas do Tom Jobim. Foi demais. Mais tarde chegou o Ricardo, um dos filhos do casal Ruth e Sergio. Ricardo é arquiteto e tinha ido ao Rio atrás de trabalho. Conversamos um pouco e ele foi me mostrar alguns de seus trabalhos. O jovem arquiteto é talentoso e penso que não terá dificuldade em encontrar trabalho. O Sérgio foi muito simpático conosco. Acabamos indo dormir. No dia seguinte ficamos na mesa do café da manhã até o meio-dia, hora em que tivemos que nos despedir do casal pois tínhamos um compromisso em Resende às 14 horas e de Angra até Resende gastam-se duas horas de viagem. Essa visita à Rutinha foi ótima, embora corrida face ao compromisso que tínhamos e não deu para colocar em dia os 20 anos que não nos víamos nem os 60 de nossa amizade. Ficamos de voltar lá, ou eles de virem aqui. Alguma dessas duas coisas vai acontecer, breve.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

J'ai eu aussi mes 15 ans


Entre os anos 50 e 60, embora já estivéssemos sendo maciçamente invadidos pela cultura norte americana barata do pós-guerra, da França nos chegava a Nouvelle Vague, movimento do cinema novo francês, do país que até os anos 50 tinha sido o berço da cultura humanística. Nas escolas de segundo grau a língua francesa era ensinada, assim como a inglesa e a espanhola.
Em Icaraí, além do velho Cinema Icaraí num prédio (hoje tombado) em estilo art-déco, havia dois outros cinemas, o Cine Casino e o Cinema Grill que funcionavam ambos no antigo prédio do Hotel Balneário Casino Icaraí que outrora (até 30 de abril de 1946) tinha sido um cassino de verdade e que foi fechado com a proibição do jogo no Brasil. Depois de 1964 foi desapropriado e passou a abrigar a reitoria da Universidade Federal Fluminense.


No Cinema Grill principalmente, passavam os filmes franceses da época. Foi lá que assisti aos bons filmes franceses da Nouvelle Vague. De Agnès Varda, "Cleo de 5 às 7"; "E Deus Criou a Mulher" de Jean Luc Godard com Brigitte Bardot, o símbolo sexual da época que veio mais tarde a ser sua mulher; do mesmo Godard, "Pierrot le Fou" com Jean Paul Belmondo.

De Caude Lelouch o clássico "Um Homem e uma Mulher" com Jean Louis Trintignan e Anouk Aimée. "Jules e Jim", de François Truffaut; "Les Cousins" de Claude Chabrol; "Z" de Costa Gravas com o grande ator Ives Montand, marido da excelente atriz Simone Signoret;

O misterioso "Alphaville", "Ascensor para o Cadalfalso" e Hiroshima Mon Amour" além de "Ano Passado em Mariembad", todos clássicos de Alain Resnais. Não menos importante foi "Les Parapluies de Cherbourg", de Jacques Demy com a belíssima trilha sonora do mestre Michel Legrand. Todos esses eram "filmes-cabeça" e davam ensejo a altas discussões e debates entre nós nas mesas do restaurante e piano-bar Le Petit Paris (que ficava quase ao lado do Cinema Icaraí, em frente a pracinha) ouvindo, ao vivo, Sergio Mendes e Tião Netto. Esses filmes ditavam moda e comportamento, à despeito do cinema americano que vinha como um rolo compressor trazendo a cultura do "american way of life".
Essa cultura americana chegou com tudo: Um garotão americano ingênuo chamado Elvis Presley com "Blue Suede Shoes",



Bill Haley and his Comets embalados pelo sucesso do filme "Blackboard Jungle" aqui chamado de "Sementes da Violência" cantando "Rock around the Clock",





Little Richard com seu piano fantástico e sua "Long tall Sally", e o glamour misterioso do introspectivo James Dean morto prematuramente ao volante de seu Porche, o que só fez aumentar seu carisma e os lucros das bilheterias de seus filmes. Mas a cultura francesa ainda era forte e certamente mais interessante e com mais conteúdo e demorou a render-se à americana que vinha empurrada pelo marketing da produção em massa. Ainda assim, ouvimos e cantamos algumas músicas cantadas por Jane Birkin (também uma excelente e linda atriz), Françoise Hardy, Sylvie Vartan e Johnny Hallyday.
Embora nem fosse nascida na época, só vindo ao mundo em 1972, vejamos a linda atriz francesa Vanessa Paradis (hoje mulher do jovem ator americano Johnny Depp) cantar "L'eau à la Bouche" de Serge Gainsbourg:




A letra da música é:
Ecoute ma voix écoute ma prière
Ecoute mon cœur qui bat laisse-toi faire
Je t'en pris ne sois pas farouche
Quand me viens l'eau à la bouche

Je te veux confiante je te sens captive
Je te veux docile je te sens craintive
Je t'en prie ne sois pas farouche
Quand me viens l'eau à la bouche

Laisse toi au gré du courant
Porter dans le lit du torrent
Et dans le mien
Si tu veux bien
Quittons la rive
Partons à la dérive
Je te prendrais doucement et sans contrainte
De quoi as-tu peur allons n'aie nulle crainte

Je t'en prie ne sois pas farouche
Quand me viens l'eau à la bouche

Cette nuit près de moi tu viendras t'étendre
Oui je serai calme je saurai t'attendre
Et pour que tu ne t'effarouches
Vois je ne prend que ta bouche



Naquele tempo ainda andávamos de bonde ou de trolley-bus.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

PAC do Samba!?

«Le Brésil n'est pas un pays sérieux.» Esta frase atribuída ao General De Gaulle, presidente da França quando de sua visita ao Brasil em outubro de 1964 continua, hoje, tendo a mesma força de então.
Como é que o presidente Lula vai destinar 12 milhões de reais - isso mesmo: R$ 12.000.000,00, de um país miserável como o nosso Brasil (que paga pessimamente a seus professores mas aonde quase todos os senadores e deputados federais ou tem fazendas ou tem cadeias de rádio ou as duas coisas) para a Liesa (Liga das Escolas de Samba, presidida por notórios contraventores)?
"Está demorando, mas vem. O presidente Lula deu a palavra dele. Não pode mais voltar atrás", diz Nilo Figueiredo, presidente da Portela, que intermediou a negociação entre Lula e a poderosa Liesa, a Liga Independente das Escolas de Samba, que controla o carnaval do Rio.
E depois o governo diz que sem a CPMF não vai poder honrar os compromissos de reajustes assumidos com várias categorias, entre as quais a do pessoal da educação. Como dizia FHC, "Assim não pode, assim não dá".

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Minha família ilustre (tem até rei de verdade)


Este é o ramo materno de minha árvore genealógica que minha avó me deu num papel datilografado, alguns anos antes de morrer. Como se pode ver, até aonde se conseguiu recuperar a informação, ela começa com o rei D. Diniz e termina 24 gerações depois com minhas netas Maria e Júlia. Do lado paterno as referências que tenho são tão poucas que não dá para compor uma árvore decente.

1. D. Diniz (1261-1325), 6º Rei de Portugal, filho de Afonso III e sua segunda mulher Beatriz. Casado com Isabel de Aragão (a Rainha Santa). Incentivador da agricultura, poeta e protetor dos trovadores. Fundou a 1ª universidade, em Lisboa, transferida depois para Coimbra. Chamado o Rei Lavrador e Pai da Pátria. Teve, fora do leito conjugal, com Aldonça Rodrigues Telha, filha do fidalgo Rui Gomes Telha e Tereza Gil:
2. D. Afonso Sanches, que se casou com Tereza Martins, filha de D. João Afonso de Menezes, Conde de Barcelos e Tereza Sanches, filha bastarda de D. Sancho IV, de Leão e Castela e Maria Paes Ribeiro. Afonso Sanches era o filho preferido de D. Diniz, o que provocou a revolta do príncipe legítimo, mais tarde Afonso IV. Por interferência da Rainha Santa (Isabel), a paz foi concluída com a condição do desterro de Afonso Sanches, que emigrou para Albuquerque, propriedade do Conde de Barcelos, na Estremadura. Albuquerque significa "carvalho branco" (albus quercus), denominação do castelo do Conde de Barcelos. Afonso veio a ser chamado Senhor de Albuquerque e acabou por adotar este nome, passando-o a seus descendentes. De Afonso Sanches e Tereza Martins nasceu:
3. João Afonso de Albuquerque, o Bom, também conhecido por Ataúde, a quem, em 1317, o príncipe herdeiro de D. Diniz mandou matar. Sua esposa não lhe deu filhos. Houve, porém de Maria Rodrigues Barba, filha de Rui Mendes Barba e Ana Martins Alardo:
4. Fernão Afonso de Albuquerque, Mestre de Santiago, Embaixador na Inglaterra, Alferes de D. Pedro I (1357-1367). Casado com Laura Telo. Do casal nasceu:
5. Tereza de Albuquerque, casada com Vasco Martins da Cunha. Pais de:
6. Isabel de Albuquerque, casada com Gonçalo Vaz Melo, filho do Alcaide Mór de Évora e Moura. Pais de:
7. Leonor Vaz de Albuquerque, casada com João Gomide escrivão da puridade de D. João I, posto em que o confirmou D. Duarte em 1435. João Gomide assassinou a mulher, tendo sido, por isso, degolado em praça pública no dia 24 de maio de 1437. Por força da sentença, que o condenou, tomaram seus filhos o nome materno. Entre eles:
8. João de Albuquerque, o Azeite, irmão do grande conquistador da India, Afonso de Albuquerque. Casou com Leonor Lopes. Do casal nasceu:
9. Lopo de Albuquerque, o Bode, casado com Joana Bulhão, pais de:
10. Jerônimo de Albuquerque, o Torto, também chamado "Adão Pernambucano". Teve 33 filhos. Veio para Pernambuco em 1535, com o cunhado, o donatário Duarte Coelho onde viveu por 50 anos. Destes, governou 10. Fidalgo da Casa Real. Em 2 de janeiro de 1547 caiu prisioneiro dos índios tabajaras. Salvo da morte por Muirá-Ubi, filha do cacique, com esta veio a casar-se segundo o rito da tribo. Muirá-Ubi foi batizada com o nome de Maria do Espírito Santo Arcoverde. Faleceu em Olinda em 1548. Os filhos de Jerônimo com a princesa índia foram legitimados por Carta Régia de 1561, embora a rainha de Portugal não permitisse o casamento católico. Entre os 8 filhos legitimados:
11. Jerônimo de Albuquerque, nascido em Olinda, em 1548. Primeiro Capitão Mór do Rio Grande do Norte e Maranhão. Fundador da cidade de Natal. Em novembro de 1614 venceu La Ravardière, expulsando os franceses do Maranhão. Por este feito concedeu-lhe o Rei D. Felipe II a mercê do apelido "Maranhão", transmissível aos seus descendentes. Morreu em 1624. Casado com Catarina Feio, foram pais de:
12. Matias de Albuquerque Maranhão, fidalgo da Casa Real, governador do Pará e Paraíba, tendo participado da luta contra os holandeses. Fundou o Engenho de Cunhaú, no Rio Grande do Norte. Morreu em 1685. Casado com Isabel Câmara. Do casal nasceu:
13. Afonso de Albuquerque Maranhão. Segundo Senhor de Cunhaú e Capitão Mór de Goianinha. Casado em 1682 com Isabel de Barros Pacheco. Um de seus filhos tem o mesmo nome:
14. Afonso de Albuquerque Maranhão II, Cavaleiro da Casa Real, Mestre de Campo em Itamaracá. Morreu em 1730. Casado com Adriana Vieira de Sá. Pais de:
15. Jerônimo de Albuquerque Maranhão II, Fidalgo da Casa Real, Capitão de Granadeiros de Itamaracá, casado com Luisa Margarida do Sacramento. Do Casal nasceu:
16. José Jerônimo Pacheco de Albuquerque Maranhão, Senhor do Engenho de Junco em Pernambuco. Viveu em torno de 1800. Casado com Francisca Coelho de Andrade. Pais de:
17. Isabel Câmara de Albuquerque Maranhão, casado com Pedro Velho do Rego Barreto, filho do Senhor do Engenho da Babilônia, em Nazaré, Pernambuco. Do casal nasceu:
18. Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão, nascido em 1827, casado com Feliciana da Silva e Albuquerque, filha de Fabrício Gomes Pedrosa e sua primeira mulher Maria da Silva Vasconcelos. Teve 14 filhos, dentre eles:
(*) 19. Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão, nascido em 1º de setembro de 1854, casado com Louise du Cräene. Do casal nasceram, entre outros,
20. Suzana de Albuquerque Maranhão casada com Augusto Bezerra Cavalcanti. do casal nasceram Celuta e Haroldo Bezerra Cavalcanti:
21. Celuta Bezerra Cavalcanti que se casou com Ary de Queiroz Duarte. do casal nasceram 4 filhos:
22. Augusto de Queiroz Duarte, nascido em 1932 e que se casou com Gertrude Koci e que geraram:
23.Beatriz Duarte que se casou com Sean Cronin tendo gerado duas filhas:
24. Joana e Helena Cronin;
23. Angela Duarte que se casou com Thomas Meyer com quem não teve filhos e de quem se separou e veio a se casar com Roberto Bessa.
Augusto separou-se de Gertrude e veio a se casar com Vera Whately com quem não teve filhos e de quem se separou casando-se com Regina Negreiro.
22. Sergio de Queiroz Duarte, nascido em 1934 e que se casou com Lucia Maria Sobral, que gerou dois filhos:
23. Carlos Sergio Sobral Duarte que se casou com Mônica Fernandes Guimarães tendo gerado:
24. Antônio Guimarães Duarte e André Guimarães Duarte, e
23. Luciana Helena Sobral Duarte que se casou com Mike Zagorsek,
Sergio separou-se de Lúcia Maria e veio a se casar com Maria de Lourdes Macedo com quem não teve filhos.
22. Carlos de Queiroz Duarte, nascido em 1940 e que se casou com Anna Maria Gurgel do Amaral tendo gerado duas filhas:
23. Adriana de Queiroz Duarte que se casou com Alberto de Oliveira Deslandes Silva tendo gerado:
24. Julia de Queiroz Duarte Deslandes;
23. Priscilla de Queiroz Duarte que se casou com Ricardo Carlos Gomes tendo gerado:
24. Maria Duarte Gomes;
22. Arthur de Queiroz Duarte, nascido em 1942 e que se casou com Carmem Cascon com quem não teve filhos e de quem se separou e veio a se casar com Elizabeth Aldeia tendo gerado:
23. Rodrigo Aldeia Duarte.

Essa história de árvore genealógica está rendendo bastante. Esta semana (19/11/2008) recebi um e-mail de um contra parente meu que eu não conhecia e que se chama Anderson Tavares que acrescenta alguns dados e aumenta a minha ascendência. A seguir transcrevo o que ele me mandou:

(*) Descendência do casal Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão * 1827 +1896 casado no ano de 1851 no engenho Jundiaí, Macaíba/RN, com Dona Feliciana Maria da Silva Pedroza de A. Maranhão *30/03/1832 + 09/05/1893. (meus trisavós maternos)

F.I Fabrício Gomes de Albuquerque Maranhão * Macaíba 13/12/1852 + Rio de Janeiro 19/04/1924. Casado em Goiana/PE aos 03/02/1875 com dona Militina Augusta Pessoa de Araújo Tavares *Macaíba 1859 + Pedro Velho 19/10/1904. Tiveram 10 filhos.

N.1 José Tavares de Albuquerque Maranhão * Macaíba/RN 11/11/1887
N.2 Maria Leonor Maranhão Barros *Macaíba/RN 28/10/1878 c.c. Domingos Barros
N.3 Cândida Minervina Tavares de A. Maranhão *Macaíba/RN 22/08/1878
N.4 Feliciana Tavares de Albuquerque Maranhão *Macaíba/RN 29/08/1881
N.5 Augusto Tavares de Albuquerque Maranhão
N.6 Fabrício Gomes de Albuquerque Maranhão Filho
N.7 Julio Tavares de Albuquerque Maranhão
N.8 Maria Augusta Tavares de Albuquerque Maranhão
N.9 Militina Augusta Tavares de Albuquerque Maranhão (Yayá)
N.10 Maria Soares Domingos Tavares
N.11 Cândida Rosa Tavares de Albuquerque Maranhão

F.II Maria da Silva de Albuquerque Maranhão Paes Barreto * Natal 16/08/1853 + Olinda/PE 12/12/1937. Casou-se em Macaíba aos 23/06/1867 com Julio César Paes Barreto + Recife/PE 08/04/1899.

N. Isabel Paes Barreto c.c João da Costa Pereira
N Laura Paes Barreto
N Maria Paes Barreto
N Feliciana Paes Barreto
N Júlio César Paes Barreto Filho
N Fernando Paes Barreto
N Leandro César Paes Barreto Neto
N Pedro Paes Barreto
N Maria Luiza Paes Barreto
N Cecília Paes Barreto
N Umbelina Paes Barreto
N Martha Paes Barreto
N Maria das Dôres Paes Barreto

F.III Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão Filho * Macaíba 01/09/1854 + Rio de Janeiro 30/06/1922. Casado aos 14/08/1878 em Paris, França, com dona Louise Antoniete Crainê + Rio de Janeiro 18/10/1927. (meus bisavós maternos)

N.19 Raul de Albuquerque Maranhão
N. 20 Alice de Albuquerque Maranhão c.c. Alfrêdo Duarte
N. 21 Carlos de Albuquerque Maranhão
N. Jorge de Albuquerque Maranhão *Natal/RN 22/11/1881
N. Alberto de Albuquerque Maranhão *Natal/RN 17/03/1883
N. Suzana Barreto Cavalcante c.c Augusto Bezerra Cavalcante em 30/12/1903 (meus avós maternos)
N. Roberto de Albuquerque Maranhão
N. Zaíra de Albuquerque Maranhão
N. Mário de Albuquerque Maranhão
N. Armando de Albuquerque Maranhão


F.IV Pedro Velho de Albuquerque Maranhão * Natal 27/11/1856 + Porto do Recife 09/12/1907. Casado aos 27/04/1881 no Rio de Janeiro com sua tia Petronila Florinda Pedroza de A. Maranhão +Natal 27/12/1926.

N. Sophya Eugênia Maranhão Tavares de Lyra *21/01/1882 +1964 c.c Augusto Tavares de Lyra em 21/01/1902.
N. Dalila Rosa Maranhão Paes Barreto *21/01/1883
N. Mário Amélio de Albuquerque Maranhão *03/04/1884 +21/11/1944
N. Gastão Edgard de Albuquerque Maranhão *26/09/1885
N. Ernesto Frederico de Albuquerque Maranhão *22/12/1886
N. Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão Neto *03/02/1888
N. Carlos Edgar de Albuquerque Maranhão *30/03/1889
N. Carmem Maria de Albuquerque Maranhão *10/04/1890
N. Pedro Velho de Albuquerque Maranhão Filho *01/08/1892
N. Paulo Júlio de Albuquerque Maranhão *28/06/1893
N. Camilo Flávio de Albuquerque Maranhão *28/02/1895
N. Clovis Nilo de Albuquerque Maranhão *05/03/1896
N. Aurélio Túlio de Albuquerque Maranhão *08/1900


F.V Inês Augusta de Albuquerque Maranhão Paes Barreto *Guarapes/Macaíba 22/09/1858 + Natal 05/08/1932. Consorciou-se aos 28/01/1873 em Macaíba, com Juvino Cezar Paes Barreto +Natal 09/04/1901. Tiveram 13 filhos.

N. Inês Barreto de Albuquerque Maranhão *Macaíba/RN 03/09/1875 +João Pessoa/PB 13/09/1943.
N. Sérgio Paes Barreto *Macaíba/RN 17/04/1877
N. Abel Juvino Paes Barreto *Natal/RN 1881 +Curitiba/PR 17/09/1942
N. Sara Paes Barreto *Natal/RN 21/09/1887 +João Pessoa/PB 24/11/1962 c.c Irenêo Joffily *14/09/1886 +22/02/1964
N. Rachel Paes Barreto *Natal/RN 19/05/1889
N. Ricardo Paes Barreto *Natal/RN 02/06/1891, c.c Marta
N. Maria Latina Paes Barreto * Macaíba/RN 24/03
N. José Paes Barreto *Natal/RN 15/03 c.c Guiomar
N. Matilde Paes Barreto
N. Pio Paes Barreto
N. Consuêlo Paes Barreto
N. Carmita Paes Barreto
N. Paulo Paes Barreto

F.VI Sérgio Pantaleão de Albuquerque Maranhão *Macaíba 27/07/1860 +Macaíba 10/01/1874.

F.VII Adelino Augusto de Albuquerque Maranhão *Ceará-Mirim 17/07/1862 +Natal 06/01/1904. Casou-se aos 14/08/1884 em Canguaretama com Maria Minervina Tavares +Natal 19/01/1942. (meus tetravós maternos)

N. Mons. Ulisses de Albuquerque Maranhão *Natal/RN 05/02/1889 +Natal/RN 08/07/1965
N. Arnaldo de Albuquerque Maranhão *Natal/RN 12/05/1890
N. Leonor de Albuquerque Maranhão *Natal/RN 07/08
N. Helena de Albuquerque Maranhão
N. Nilda de Albuquerque Maranhão
N. Hélio de Albuquerque Maranhão c.c. Edy Cruz

F.VIII Augusto Severo de Albuquerque Maranhão *Macaíba 11/01/1864
+Paris/França 12/05/1902. Casou em 02/05/1888 em Recife com Maria Amélia Teixeira de Araújo +Rio de Janeiro 29/10/1896.

Com Maria Amélia;

N. Augusto Severo de Albuquerque Maranhão Filho
N. Otávio Severo de Albuquerque Maranhão
N. Berta Severo de Albuquerque Maranhão (freira Dorotéia)
N. Sérgio Severo de Albuquerque Maranhão *Rio de Janeiro/RJ 06/01/1895 +Natal/RN 17/08/1970
N. Mário Severo de Albuquerque Maranhão

Com a Italiana Natália Severo;
N. Otávio Natal Severo Maranhão (morto infante)
N. Augusto Natal Severo Maranhão + 07/10/1945

F.IX Isabel Cândida de Albuquerque Maranhão Pedroza *Macaíba 05/08/1865 +Natal 08/03/1895. Casou-se aos 08/07/1882 em Guarapes/Macaíba com o tio Fabrício Gomes Pedroza II +Rio de Janeiro 12/07/1925.

N. Fabrico Gomes Pedroza *Macaíba/RN 25/11/1883 +menor
N. Damiana Maria Pedroza *Macaíba/RN 28/04/1885 c.c com Gustavo Joppert em 1911.
N. Fernando Gomes Pedroza *Macaíba/RN 1886 +Rio de Janeiro/RJ 03/1936 c.c Branca Piza Pedroza
N. Esther Pedroza Faria Souto *Macaíba/RN 1887 +Taubaté/SP 27/04/1975 c.c Gastão Faria Souto em 01/06/1911.
N. Fabrício Gomes Pedroza Filho *Macaíba/RN 1888 +Suíça 22/03/1907 (solteiro)
N. Ramiro Gomes Pedroza *Macaíba/RN 1889 +Rio de Janeiro/RJ 1952, c.c Regina Joppert
N. Mário Gomes Pedroza *Natal/RN 1890 +menor
N. Raul Gomes Pedroza I * Natal/RN 1891 +menor
N. Raul Gomes Pedroza II *Natal/RN 1892 +Rio de Janeiro/RJ 1962, c.c Olga Mary em 1932
N. Maria das Dores Pedroza Piza *Natal/RN 23/02/1895 +Rio de Janeiro/RJ 14/07/1976, c.c Carlos da Fonseca Piza em 23/04/1918.

F.X Luis Carlos de Albuquerque Maranhão *Macaíba 08/01/1867 +Canguaretama 02/02/1925. Solteiro, irmão gêmeo de;

F.XI Joaquim Cipião de Albuquerque Maranhão *Macaíba 08/01/1867 +Natal 17/04/1947. Casado aos 25/08/1888 em Canguaretama com Débora Carolina Pessoa de Mello *Pilar/PB 02/04/1873 +Natal 17/03/1931.

N. Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão Sobrinho *Natal/RN 30/07/1891 +Natal/RN 1961
N. Augusto Severo de Albuquerque Maranhão Sobrinho *Natal/RN 20/07/1902 +Natal/RN 01/04/1925

N.

N.

F.XII Amélia Augusta de Albuquerque Maranhão Tavares *Macaíba 14/06/1871 +Rio de Janeiro na década de 60. Casou-se em Canguaretama aos 18/09/1886 com Olimpio Tavares Pessoa de Araújo *Goiana/PE 12/06/1860 +Recife/PE 07/03/1925.

N. Jayme Tavares *Natal/RN 1891 +Minas Gerais/MG 22/06/1937
N. Júlio Tavares *Natal/RN 15/05/1896
N. Otávio Tavares *Natal/RN 06/09/1897
N. Mabel Tavares *Natal/RN 19/02/1902
N. Isaura Tavares *Natal/RN 26/09 c.c Pedro Nunes de Sá em 10/03/1910
N. Fernando Tavares *Natal/RN 07/04
N. Arnaldo Tavares *Natal/RN 20/07
N. Álvaro Tavares
N. Alice Tavares
N. Jorge Tavares
N. Júlia Tavares
N. Ivan Tavares I
N. Ivan Tavares II
N. Estela Tavares
N. Rômulo Tavares
N. Maria do Carmo Tavares

F.XIII Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão *Macaíba 02/10/1872 +Angra dos Reis/RJ 01/02/1944. Casou-se aos 03/09/1895 em Natal com sua sobrinha Inês Barreto de Albuquerque Maranhão *Macaíba/RN 03/09/1875 +João Pessoa/PB 13/09/1943.

N. Paulo Barreto Maranhão *Natal/RN 11/07/1896 +Natal/RN 02/03/1920, c.c Dora Duarte Maranhão em 03/04/1918.
N. Laura Barreto Maranhão *Natal/RN 24/09/1897
N. Judith Barreto Maranhão *Natal/RN 20/03/1899
N. Juvino César Paes Barreto Neto
N. Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão Junior
N. Caio Barreto Maranhão
N. Cleantho Barreto Maranhão
N. Áureo Barreto Maranhão

F.XIV Áurea Justa de Albuquerque Maranhão *Macaíba 18/03/1874 +Cajazeiras/PB 28/12/1941. Freira da Congregação de Santa Doróteia.

Como Pelé e Romário, também estou comemorando 1000!

Essa Internet é incrível. Não existe meio de comunicação melhor e mais abrangente do que a Internet. Apenas pouco mais de dois meses depois de ter começado, esse meu blog completa hoje (11 de janeiro de 2008) 1000 visitas. Pena que nem todos os visitantes deixaram seus comentários a respeito do que leram. Mas entendo. Nem sempre acharam interessante ou pensavam que fossem encontrar algo melhor do que as coisas que escrevi. Paciência.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

46 Um aventureiro venturoso

Foi em Mauá, durante o ano de 2003 que conheci o aventureiro e grande amigo, Sergio Zurawel.
Sergio é um ex-piloto da Varig que já viajou o mundo todo. Além disso é também um grande velejador. Isto sim é que é aventureiro. Morou num pequeno veleiro na Marina da Glória.

Já foi ao Finis Terrae, ou seja, o Fim da Terra para valer. Pegou seu fusquinha e foi nele até onde acaba a América do Sul, lá no finzinho da Patagônia, em Ushuaia.

Depois foi morar em Mauá, onde nos conhecemos. Como bom aventureiro, interessou-se pelas pesquisas que eu tinha feito sobre Mauá e sua história, e foi daí que começou a nossa relação. Em Mauá ele acabou comprando uma casa perto da nossa e nos visitamos algumas vezes. Um dia, ainda morando em Mauá, ele decidiu fazer um safari de motocicleta pelo Brasil numa Honda 125.

Preparou em detalhe e com extremo cuidado sua viagem - o know-how de piloto lhe deu tudo que é necessário para planejar uma viagem segura - e num certo dia partiu todo equipado (parecia até que ia para o Raly Paris-Dakar - o que de certa maneira tinha semelhanças com sua aventura, guardadas as devidas proporções) para uma viagem de circunavegação pelo país.

Viajandão! Durante o trajeto ia dando notícias por e-mail aos amigos e postando num site dedicado a aventuras e aventureiros fotos dos lugares interessantes por onde passava. Acabou sua viagem de volta em Mauá. No final daquele 2003 eu estava sozinho pois a Anna tinha ido visitar a Priscilla na Itália e passar o Natal e o Ano Novo lá em Bérgamo. Fiquei 40 dias longe dela, internado em nossa casa de Mauá. Entre o Natal e o Ano Novo fui visitar o Sergio para lhe desejar boas festas e convidá-lo para almoçar comigo, em minha casa. Ele disse que estava hospedando um casal de amigos (ele um jovem italiano que estava velejando pelo mundo e ela uma jovem morena brasileira muito bonita sua namorada que conheceu em Parati, aonde seu barco estava sofrendo reparos). Naquele instante surge o casal saindo do quarto e o Sergio nos apresentou. Como eu estava no meio do convite ao Sergio, não tive outra alternativa senão estender o convite também aos seus amigos. Todos disseram que iam mas que iam antes tomar um banho de cachoeira. Fui para casa ver o que poderia oferecer e me deparei com três bifes que tinha na geladeira. Pensei em fazer um bom arroz, mas aí pensei: arroz e três bifes para quatro pessoas? Não ia funcionar. Peguei os bifes e cortei-os em pedaçoes minúsculos como se tivessem sido passados numa máquina de moer carne e fiz uma espécie de molho meio à bolonhesa, com muito shoyu. Nisso chegam meus convidados e qual não foi a minha surpresa ao ver o Sergio trazendo uma garrafa de um bom vinho e um pacotão de miojo. Foi a calhar. Como o amigo era italiano, não tive dúvida: mostrei a ele a panela que já estava cheia de água que começava a ferver, mostrei o macarrão, o molho e o queijo parmezão e disse-lhe que na presença dele e não me atreveria a fazer o almoço, e que ele podia ficar à vontade. Fui botar a mesa no deck, abri o vinho, servi a nós quatro enquanto o macarrão estava sendo preparado. Foi um grande almoço de festas. Depois ficamos bebendo o vinho e jogando conversa fora. Em maio de 2004 Sergio vendeu sua bela casa e com o dinheiro comprou um grande veleiro onde passou a morar numa marina perto de Angra. Mas o aventureiro tinha que continuar sua aventura e partiu para fazer a pé o Caminho de Santiago. Na volta, meio que perdemos o contato, e acabei encontrando-o na Internet onde fiquei sabendo que ele já tinha voltado e se preparava para uma nova aventura. Estava nos Estados Unidos, onde moram suas filhas (conheci uma delas, por sinal muito bonita) e seus ou suas netas, não sei bem. Ficou morando em San Diego e percorrendo o país como caminhoneiro. Novamente o virus da aventura o pegou e ele decidiu voltar para o Brasil (aventura essa que ainda está em curso e pode ser acompanhada no balaio) desta vez pilotando uma moto Kawasaki 600.

Sergio sempre que pode se comunica comigo pelo Skype. Estamos esperando sua chegada para breve com saudades e com aquele bom cafezinho. Venha com cuidado, meu amigo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

45 O pessoal do Coral


Aqui estamos cantando no SAMER (um hospital de Resende) dez/2007

Essa turma do Coral Arte & Emoção é ótima. A exceção do tenor Rodrigo, do baixo Leandro, e de umas poucas sopranos, todos são corôas (é claro que nós também). São animados e desestressados. Pouco antes do Ano Novo, a Célia e o Ismael, ela soprano e ele nem soprando, promoveram uma reunião de todo o Coral em sua linda casa em Penedo. Foi um almoço/amigo oculto (que aqui se diz "amigo secreto") ao qual compareceram quase todos os coralistas. Algumas casadas levaram seus maridos e só assim pude conhecer o "governador" - marido da Diana, que eu chamo de Diana Palmer em alusão à eterna noiva do Fantasma (Sr. Christopher Walker - "o espírito que anda"). A Diana é uma das mais animadas do Coral e o "governador" é um homenzarrão muito simpático. Governador porque, na vida real, esta é a posição que ele ocupa no Rotary Club de Resende, onde é a figura principal. Assim, a Diana é a "primeira dama". Brinco muito com ela sobre isso. Ela tem um ótimo humor e aceita minhas brincadeiras numa boa. O Ismael é outra figuraça. Não canta nada, só leva e traz a Célia para os ensaios. Deixa ela lá, e só Deus sabe o que ele faz enquanto ela está lá cantando conosco. Quase todos somos aposentados ou perto disso. O Monteiro, marido da Débora é, assim como ela própria, outra figura simpática. A baixinha Cléa, é o contralto perfeccionista que monitora com rigor a precisão da afinação de seu naipe que também tem a fisioterapeuta Valéria e sua mãe Zuleica, a psicóloga Débora e a cronista e quituteira Carlota. Os sopranos formam o naipe mais numeroso e que tem a maior rotatividade. Tem a Ana e sua filha Fernanda (que às vezes canta com os contraltos) a Helen a Regina, Zuleica mãe da Valéria, a Maria Emília - portuguesa como a Ana, que gosta de cantar uns fados, a Anna (minha mulher) e às vezes a Julinha, nossa neta. Sem falar na Liria, quase lira ou lírica, que é o expoente entre os sopranos. Os baixos são: Jorge, Márcio, Leandro e eu. Como em todo coral, às vezes há um maior comparecimento dos coralistas e às vezes estes desaparecem por temporadas. Assim, os nomes citados são os daqueles e daquelas mais assíduos. Todos nós somos regidos pela competente Alile Cuoco, que nos ensaia e faz os arranjos. Ela é muito generosa e nos elogia e encoraja frequentemente, além de ter muita paciência para conosco. O Coral Arte & Emoção proporciona a nós todos uma vez por semana um momento de descontração e de convívio com pessoas interessantes além, é claro, do prazer de cantar, sem falar nas apresentações que fazemos em vários lugares e eventos e que nos dão muito prazer.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

44 Resende e os novos amigos

Desde que chegamos decidimos não cozinhar mais em casa. Dá uma trabalheira, toma muito tempo e gasta-se muito dinheiro. Compramos apenas um fogãozinho de 2 bocas, tipo de acampamento para fazer o café da manhã e esquentar alguma coisa de vez em quando. Descobrimos logo um ótimo restaurante aqui pertinho de casa onde temos almoçado todos os dias, exceto aos domingos.


Seus proprietários, o casal João Pedro, um arquiteto e também pintor carioca que virou restauranteur e a simpaticíssima Ana Paula, moça mineirinha, trabalhadeira, batalhadora e sobretudo excelente cozinheira, nos receberam com muita amabilidade e logo ficamos amigos.


Uma noite vieram tomar um vinho e conversar conosco em nosso apartamento/escritório e a partir dai estreitamos nossa amizade. Daí a convidá-los para entrarem para o Coral foi um pulo. Ana Paula animou-se e foi. João Pedro parece gostar mais das expressões plásticas e disse que está preparando uma exposição de suas aquarelas. Estou ansioso para conferir. Com a Ana Paula no Coral, ela já por mais de uma vez franqueou o espaço de seu restaurante para que o Coral se apresentasse.


Aí estou eu tocando gaita sendo acompanhado pelo Márcio Pittigliani, nosso amigo e companheiro de Coral e por nossa regente Alile Cuoco. Em primeiríssimo plano a Ana Paula.
No restaurante, assim como nós que comemos lá todo dia, também outras pessoas fazem o mesmo e acabamos também conhecendo-as e fazendo amizade com elas. Assim, conversamos sobre política com o Herman, com quem também compartilhamos o jornal e com 'as meninas', a Rosa Maria e sua irmã Luiza Helena, que são essas duas da foto abaixo.


Dentre os amigos que fizemos no Coral, destaca-se o Jorge Zaccur. Foi amor à primeira vista. Ele é mais novo que nós, casado com a psicóloga Maria da Graça. Assim como nós, decidiu trocar a vida da metrópole pela vida mais mansa de uma cidade do interior. Tem um ótimo humor, é extremamente atencioso e prestativo. Sem precisar perguntar nada, vamos descobrindo nossas identidades. Já fomos visitá-los uma noite e em breve receberemos o casal para um bate-papo.
No Coral também começamos uma relação com o Márcio Pittigliani que é casado com a Mônica que vem a ser professora colega de nossa filha Adriana. Márcio é um rapaz executivo de uma multinacional aqui do município vizinho de Porto Real. Também já estivemos na casa dele e foi uma visita muito simpática. Mas quem se destaca mais entre as novas amizades que temos feito aqui é sem sombra de dúvida a Carlota Bianchi. Carlota é uma mulher da minha idade, tem 3 filhas e um filho e alguns netos. É casada com o Adelino que é uma grande figura. Carlota tem o poder de catalizar as pessoas à sua volta. Mulher de fibra e tenacidade, já fez de tudo na vida e enfrentou altas barras. É uma guerreira. Ela também é do coral e tem feito realizar muitos saraus em sua casa aos quais sempre comparecemos. A mais nova amizade é a Ana (também do Coral) e o Marcos, seu marido. Todos nos tem recebido com carinho e atenção que esperamos retribuir. Aos poucos vamos conhecendo todos eles e nos dando a conhecer.

43 Resende: a cidade e sua gente

Sentamos praça aqui em Resende no dia 19 de setembro de 2005. Alugamos um pequeníssimo apartamento no qual montamos nosso escritório. Já conhecíamos a cidade das vezes que aqui viemos descendo de Mauá para ir ao banco, fazer compras no supermercado e outras coisas impossíveis de serem feitas em Visconde de Mauá. A cidade é hospitaleira, com aquele ritmo de vida típico das cidades do interior. As pessoas são simpáticas e prestativas e não há aquele stress das metrópoles. Você fica logo amigo do gerente do banco que passa a lhe tratar pelo nome, as pessoas mesmo desconhecidas lhe dão bom dia na rua. O rio Paraiba cujas águas cortam a cidade, ameniza a paisagem dos edifícios que começam a surgir em suas margens e temos o pano de fundo da Serra da Mantiqueira de um lado, com o imponente Maciço das Agulhas Negras bem perto com seus 2 mil e tantos metros de altitude, e da Serra do Mar do outro lado um pouco mais distante, formando, entre esses dois acidentes geográficos o chamado Vale do Paraíba. Logo procuramos desenvolver relações e soubemos da existência de um coral que ensaiava na Casa de Cultura Macedo Miranda (espécie de Funarte local) nas noites das quartas-feiras. Fomos lá, nos apresentamos à regente Alile Cuoco, por quem fomos gentilmente recebidos e passamos a integrar o Coral da Casa de Cultura Macedo Miranda. O Coral tinha, quando entramos, umas 12 pessoas. Fizemos várias apresentações pela cidade e arredores: na Amir - Associação dos Militares da Reserva da Academia Militar das Agulhas Negras, na INB - Industria Nuclear Brasileira, no hospital SAMER - Serviço de Assistência Médica de Resende, no SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, na Escola Estadual Dr. João Maia, em outros colégios da cidade, na cidade vizinha de Barra Mansa e já por duas vezes num evento anual que se realiza em Penedo, na Casa do Papai Noel da colônia finlandesa. A foto abaixo foi feita por ocasião daquele evento, no Natal de 2006


Neste final de 2007, o coral agora chamado de Coral Arte & Emoção apresentou-se novamente na Festa de Santa Luzia, em Penedo. A festa consta de uma procissão de crianças que vêm cantando a música "Santa Luzia" segundo uma tradição Sueca e chegam até a Casa do Papai Noel aonde se juntam ao coral e cantam várias músicas natalinas.



No filme, minhas netinhas Maria e Júlia, ambas com 10 anos de idade integrando a procissão de Santa Luzia.


Em frente a Casa do Papai Noel, em Penedo, o Coral completo cantando músicas natalinas em 23 de dezembro de 2007.