quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Tempo de resgate. Haja coração!

Depois do encontro emocionante com a Rutinha, vinte anos depois, em Angra dos Reis, chegamos em casa e liguei o computador e para minha surpresa tinha um e-mail do Coby Regehr, um dos filhos de meu querido amigo e professor Carl Regehr. Nele, ele dizia que tinha me encontrado na Internet procurando o nome do pai e achando o que eu tinha escrito no meu blog sobre aquele meu velho professor. Em seu e-mail ele agradecia as palavras gentis com as quais me referi a seu pai (com quem tinha perdido totalmente o contato) e me informava que ele tinha falecido de câncer em 1983 depois de se mudar de Chicago para Champaign-Urbana aonde ainda trabalhou como professor mesmo doente. De certo modo eu já desconfiava que isso tinha acontecido. Respondi seu e-mail mas me intrigou como é que ele havia entendido o que eu havia escrito, e perguntei como é que tinha sido. Ele respondeu que o blog estava traduzido na Internet. Em seguida recebo outro e-mail emocionado de sua irmã Jana que eu conheci mocinha, com uns 20 anos na casa do casal Regehr, em Chicago. Num próximo e-mail me mandou sua foto.

Jana em Paris, com o mesmo ar de seu pai, meu querido amigo Carl

Seu irmão Coby num e-mail seguinte me mandou alguns desenhos do velho Carl, e aqui coloco um deles.


Haja coração! Resolvi então ler o meu blog na Internet traduzido para o inglês e vi que a tradução tinha sido feita por um software de tradução automática e que continha verdadeiras barbaridades de sintaxe e outras, que tornavam muitas vezes o contexto incompreensível e me surpreendi como o Coby tinha conseguido apreender o que eu tinha escrito sobre seu pai. Achei então que seria melhor eu traduzir o texto com meus botões de carne e osso. Foi o que fiz e acabei agora de mandar tanto para ele quanto para sua irmã. Embora eu venha trabalhando como tradutor, minha língua nativa é, naturalmente o português brasileiro, e o que eu fiz, na verdade, foi uma versão do meu texto em português para o inglês. Por pior que tenha ficado, tenho certeza que resultou mil vezes melhor do que aquele traduzido automaticamente por um software. Espero portanto que os filhos de meu querido amigo onde quer que ele esteja possam entender realmente o quanto eu amava seu pai.

Um comentário:

Unknown disse...

Que legal, Caloguinha, reencontar velhos amigos!!
Adoro isso! :)
beijão