segunda-feira, 22 de junho de 2009

Diadokai emplaca a primeira em BH. Parabéns!

Quinta feira, dia 18, fomos a Belo Horizonte visitar nossa filha Priscilla, seu marido Ricardo e nossa neta Maria e assistir à apresentação da peça que montaram para concorrer ao 10º Festival de Cenas Curtas do Grupo Galpão. A peça que se chamava "Corpo Fechado" era sobre a cerimônia de fechamento do corpo de ninguém menos que Mário de Andrade. Em cena Priscilla Duarte e Alexander de Moraes, ambos fazendo alternadamente ora o personagem Mário de Andrade, ora os espíritos que baixam em seu corpo. O Festival selecionou 16 peças entre centenas de concorrentes e essas 16 foram apresentadas em 4 dias (4 peças a cada dia). Dessas 16 peças, foram selecionadas as melhores 5. Entre elas o "Corpo Fechado". Agora, de 5ª a domingo desta semana que começou hoje, Priscilla e Alex, voltarão a apresentar o trabalho deles que teve a direção competente do Ricardo Gomes. Como primeira apresentação do Grupo Teatro Diadokai, de Ricardo e Priscilla, em Belo Horizonte, aonde estão morando desde o princípio do ano, não poderia ter sido melhor este resultado. A chancela do Grupo Galpão, internacionalmente conhecido e premiado, valida este primeiro trabalho, como sempre de muito boa qualidade do Diadokai. Parabéns!!
Abaixo, uma das críticas sobre a peça:

Corpo fechado: a entrega ao teatro.

Por Mónica Herrera

Nesta cena foi possível assistir a um espetáculo completo: poesia, música, dança, absurdo, domínio do corpo, uma entrega absoluta dos atores aos 15 minutos. Alexander de Moraes e Priscilla Duarte se desdobraram em Mário de Andrade e toda uma série de mestres numa coreografia maravilhosa, óculos que passavam, expressões faciais marcantes. Os criadores exploraram um certo viés etnográfico e a “vontade de rir”, traduzida em várias linguagens corporais, tais como dança contemporânea, por exemplo.

Nessa espiral de elementos diversos, de tanta cultura e mistura, a cena risca: a lua. En-tu-piu- a-pia! Aposta na música, no simbolismo, em Andrade, no lirismo. Seria uma ruptura? Será que a gente não tolera rupturas na continuidade das obras? Difícil, estamos acostumados a viradas mais radicais ainda.

O escritor argentino Ernesto Sábato afirma que acreditar em duas formas de mostrar uma “erudición irritante”: “una, acumulando citas, y otra, no haciendo ninguna.” A lua levou a cena ao ponto de saturação. Ainda assim, Corpo Fechado é um experimento maravilhoso.

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