No meu tempo (anos 50) a gente ia "deslizar" nas ondas que se formavam entre as pedras da curva da Itapuca. Ainda não existia a palavra "surf" e nem aquilo era considerado um esporte. As pranchas eram feitas de madeira maciça (táboas de 30 centímetros de largura que roubávamos das obras de casas ou edifícios em construção) e que levávamos para uma serraria que havia nos fundos do Hotel Casino Icaraí, onde hoje funciona a orquestra da UFF. Lá o "seu" Silva cortava o bico das pranchas redondo e colocava uma manete que segurávamos para "deslizar" nas ondas. Vinhamos deitados nas pranchas que eram quase da nossa altura. Alguns usavam pés de pato e os mais experientes deslizavam nas ondas ajoelhados sobre as pranchas. Algumas das pranchas tinham pinturas. O fundo do mar naquela região é muito pedregoso e por isso mesmo perigoso, além do que era coalhado de ouriços que nos deixavam com os pés todos espetados.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
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