quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

19. Fuck Nixon

Lá nos US como aqui no BR a juventude também não estava nada satisfeita com os descaminhos da política, com uma diferença a mais. A chamada "contra-cultura" (que até mais tarde tentamos copiar) já estava em marcha desde a época dos beat-nicks (Jack Kerouack, William Burroughs e outros doidões do fim dos 40 início dos 50). As mulheres tinham recém queimado os sutiãs e entre um baseado e outro a moçada gritava "fuck Nixon" e fazia o "V" com os dedos. Fomos algumas vezes ao Grant Park, perto do Lincoln Park Zoo tomar parte nesses festivais de música e protesto.






Os enfrentamentos com a polícia eram freqüentes, os veteranos de todas as guerras que aquele país já tinha inventado (e continua inventando) participavam com suas jaquetas militares furadas de balas e em cadeiras de rodas. A época era de grande efervescência política e cultural. Estava acontecendo muita coisa ao mesmo tempo. À noite, no jornal da televisão via-se, pela primeira vez, a guerra ao vivo diretamente do Vietnam. Nos fins de semana a moçada ia para os parques fazer música, fumar seus baseados e "have fun". Os ídolos mais 'cabeça' da música popular cantavam a liberdade que gostariam de ter.

Joan Baez e Bob Dilan

Os mais doidões iam mais fundo nas drogas e nos protestos. É antológica a famosa execução do hino nacional americano por Jimmy Hendrix.

Jimmy Hendrix

Outra tribo menos agressiva, mais 'cool' viajava e 'viajava' pelo país tipo "easy rider". Eram os 'hippies' (que também tentamos imitar),'drop-outs' do sistema que não estavam aguentando o que acontecia, mas que não conseguiam virar o jogo.

Janis Joplin

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